No início da decada de oitenta comecei a fazer produtos integrais como: biscoitões de aveia com passas e castanhas, tortas de banana e maçã, pães 100% integrais usando especiarias e pequenos bolos com frutas da estação. Hoje faço questão de usar apenas ingredientes 100% orgânicos para fabricação dos produtos artesanais.
“Um padeiro, animadíssimo, falando com lágrimas nos olhos, de Poilane, sobre levedura, sobre esta profissão mais bonita que existe”. Prossegue: “Cheio de idéias, querendo fazer uma escola para reciclar os padeiros da região, dando pães novos para as pessoas da cidade conhecerem, numa missão civilizatória, mais do que um negócio”.Marcos Carneiro é o jovem padeiro. E é tão arcaico o seu gosto pelo pão, que ele não sabe dizer quando este nobre alimento lhe interceptou o caminho. Mas foi cedo. Autodidata, portanto, fazendo pão em Ubá, ainda adolescente, era herdeiro, sem sabêlo, da corriqueira formação francesa destes profissionais: a tradição da boulangerie, forjando na cozinha de casa, o gosto pelo pão. Ao talento e vocação, Carneiro agregou formação, aperfeiçoamento e trabalho. Freqüentou a Escola de Gastronomia de Campos do Jordão e cursos de boulangerie e pâtisserie com Giacalone Regis em São Paulo.Inicia-se profissionalmente, com a padaria Amigos do Trigo, no bairro de Laranjeiras, RJ em 1984. Trabalha, anos mais tarde, com Olivier Anquier, em SP. Em Tiradentes, MG, cria a "Oficina do Trigo escola de fazer pão," como consultor, presta serviços para Padaria Bonomme e Ah! Bon, em Belo Horizonte, MG. É o boulanger convidado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para montar a “O Café Casa Brasil”, em Atenas, nos Jogos Olímpicos de 2004. Trabalha no Carême Bistrô de Flavia Quaresma, no RJ. É responsável pelos pães do Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, nas suas sete edições e na primeira de Búzios,RJ. Presta consultoria em mais duas padarias, uma em São Paulo e outra em Lavras, MG.
Retorna agora à São Paulo, cheio de ideias e entusiasmo.
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"pao é amor entre estranhos” - Clarice Lispector.
Olhando o percurso do padeiro e, vendo o fascimo de quem prova dos seus pães, de pronto entendemos Clarice.
Me apaixonei pela primeira vez com o mundo da cozinha aos dezesseis anos. Lembro-me bem que, se eu fosse fazer algo de prazeroso e profissional, seria na cozinha que eu iria desenvolver as minhas habilidades. Pois eu gostava de fazer e comer uma comidinha bem integral. Vivia na esteira do movimento naturalista, e foi aí que comecei a fazer o meu próprio PÃO! Nasci na pequena cidade de Ubá, no interior de Minas, entre, Viçosa e Cataguases. Andava por aí sempre carregando na mochila o meu próprio fermento, missô, especiarias e o caderno de anotações..."
...Continua na primeira postagem do Blog (a mais antiga).
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